domingo, 25 de setembro de 2011

Esquadrilha da Fumaça - É bom e eu gosto!!

Motivo de orgulho para os brasileiros, a Esquadrilha da Fumaça, formou-se na década de 50 por iniciativa do ainda Tenente Mário Sobrinho Domenech, instrutor da Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, juntamente com mais três Tenentes aviadores da Força Aérea Brasileira que, durante suas folgas, treinavam acrobacias em grupo. Esses treinos proporcionavam aos cadetes a familiaridade e confiança no equipamento que iriam utilizar.  No início os aviões usados eram os T6-Texan, monomotor destinado ao treinamento de pilotos e em combate durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de ter origem americana o T6 foi produzido no Brasil entre 1946-1951 e utilizado pela Força Aérea Brasileira – FAB - de 1947 a 1976.

 Com as aeronaves NA T-6, eram executadas manobras de precisão como "Loopings" e "Tounneaux" com duas aeronaves. Posteriormente, após os comentários em terra, onde discutiam todos os detalhes, os aviadores passaram a voar com três aeronaves e, finalmente, com quatro.
Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo.
Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de Esquadrilha da Fumaça. A primeira escrita foi a sigla FAB, nos céus da praia de Copacabana.
 Em 8 de dezembro de 1983, foram adquiridos os EMB-312 Tucano da Embraer, aeronave utilizada até os dias de hoje.
Com o tempo, as aeronaves e as acrobacias mudaram. Embora com uma estrutura bastante diferenciada do início, a essência da Esquadrilha mantém preservado o espírito de arrojo e determinação do grupo, procurando resguardar, hoje, os princípios que lhe deram sustentação ao longo da sua existência.
Capacetes utilizados pelos pilotos durante as acrobacias.
Em 02 de abril de 2010, uma grande perda na Esquadrilha da Fumaça. Faleceu o Piloto Anderson Amaro Fernandes, em colisão com o solo, durante uma apresentação. Anderson Amaro tinha 4000 horas de vôo, 230 apresentações e era piloto de ataque integrando a ala direita da esquadrilha, quando em formação aérea. Era cearense, de Fortaleza e tinha 33 anos.

Piloto Anderson Amaro Fernandes, uma grande perda.
Diante do reconhecimento nacional e internacional, a Esquadrilha da Fumaça concretizou-se como instrumento de Relações Públicas da FAB, atingindo um lugar de destaque nos principais meios de comunicação dos países por onde passa.
Sem dúvida, a maestria, ousadia, coragem e competência desses heróis, deixam qualquer um de queixo caído. A Esquadrilha da Fumaça conquistou entusiastas em todo o mundo, e sendo referência de concentração, disciplina, companheirismo e exemplar trabalho em equipe, a quem deseja ingressar nesse mundo, das máquinas voadoras.

Aprenda aqui a fazer um T-27 Tucano de papel, se vc tem habilidades manuais. E se não tem habilidades também pode tentar. Eu garanto que vai ser divertido.
http://esquadrilhadafumaca.com.br/souvenirs/13-dobraduras-papercraft/9-t-27-tucano.html

Espero que tenham gostado! Até a próxima semana. :)



sábado, 17 de setembro de 2011

O último vôo do Concorde


 O Concorde tinha um jeito só dele. Todo especial. Tocava o solo, como um cavalheiro, tocando uma dama, todo cuidadoso. Não se via poeira quanto seu trem de pouso encostava no chão. Um verdadeiro gentleman, apesar de toda a sua força e potência. Elegante, imponente, poderoso. 


Em 21 de janeiro de 1976 o Concorde começou seus voos comerciais, com um voo ligando Paris ao Rio de Janeiro (fazendo uma escala em Dakar). Voar no Concorde era uma experiência única. Tendo uma velocidade de cruzeiro em torno de 2,5 vezes a de qualquer aeronave de passageiros (1.150 nós contra 450 nós, sendo 1.292 nós o recorde em 19 de Dezembro de 1985), ele foi capaz de um feito memorável: um Concorde e um Boeing 747 da Air France decolaram ao mesmo tempo, o Concorde de Boston e o Boeing 747 de Paris. O Concorde chegou em Paris, ficou uma hora no solo, a tripulação teve tempo de refazer a make, tomar café e fazer xixi,  e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747. Ou seja, sambou de salto agulha na cara do Boeing 747. Adoro.

O Concorde foi um dos dois aviões supersônicos de passageiros que operaram na história da aviação comercial, sendo o outro o soviético Tupolev Tu-144. Possuía uma velocidade de cruzeiro de Mach 2.04 algo entre 2.346 km/h e 2.652 km/h, e um teto operacional de 17.700 metros de altura (aproximadamente 58.070 pés). Voos comerciais começaram em 21 de janeiro de 1976 e terminaram em 24 de outubro de 2003. Foi operado apenas pela Air France e British Airways.
Fabricante França Aerospatiale e Reino Unido BAC
Capacidade 100 passageiros
Custo unitário 46 milhões de dólares
Comprimento 62 metros
Envergadura 25,6 metros
Altura 12,2 metros
Velocidade máxima Max. Mach 2.2. 1.450 mph / 2.330 km/h - Cruzeiro Mach 2.02 (1.320 mph / 2.124 km) km/h
Altura máxima de voo 18.300 metros
Peso máx. decolagem 185.070 kg


































sábado, 10 de setembro de 2011

Saint Martin - O mais curioso dos Aeroportos



Saint Martin é uma ilha de cerca de 87 Km2 situada no arquipélago das Caraíbas. Apesar de ser pequena, encontra-se ainda dividida em duas partes pertencentes à França, a Norte, e à Holanda, a Sul. Por este motivo também é denominada Sint Maarten, em língua holandesa. Mas não são estas particularidades geográficas que tornam a ilha especial. O que a torna especial e famosa é o seu Aeroporto Internacional Princesa Juliana, conhecido como SXM, situado no lado holandês. Este aeroporto, que recebe aviões de grande porte, possui nada menos do que uma praia na cabeceira da pista... isso mesmo.
Um pouso neste aeroporto é um momento único, principalmente, se você estiver na praia. De um momento para o outro os banhistas são surpreendidos por um ruído ensurdecedor e por rajadas de vento que agitam as águas, ao mesmo tempo que uma silhueta colossal tapa completamente o sol e passa a rasar as suas cabeças a poucos metros do solo. Logo a seguir um enorme avião, como por exemplo um Boeing 747 Jumbo ou um Airbus A340-300, toca a pista.
São apenas alguns segundos de espetáculo, mas certamente, inesquecível.



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O desmanche da Vasp

Otávio Mesquita acompanha de perto um desmanche de aviões da antiga VASP, Viação Aérea São Paulo, que aconteceu recentemente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O triste fim dessa Cia. Aérea que cruzou os céus de 1933 a 2008. Em meio a muitas dívidas, confusões e polêmicas, algumas de suas últimas aeronaves, sucateadas, são desmanchadas para desocupar espaço em Congonhas. Só mesmo quem ama Aviação, sabe o quanto é triste ver uma aeronave terminar assim. Acompanhem.
                                                                   Uma grande perda.