quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Helicópteros: Águia da PM - Técnica e Profissionalismo



Quem nunca viu ou ouviu falar no grupamento Águia da Polícia Militar? Policiais altamente capacitados, que atuam utilizando-se dessa ferramenta que os permite chegar em questão de minutos em locais e situações críticas: o helicóptero. 
Normalmente, cada grupo Águia reúne quatro funções: piloto, tripulante, enfermeiro e mecânico. O piloto deve ser oficial formado pela Academia do Barro Branco há, no mínimo dois anos e ter no máximo 10 anos de serviço, contando com os quatro que ele passa na academia. 


O tripulante operacional é a segunda área técnica do Águia. Ele é o policial que anda na parte traseira do helicóptero (banco de trás). Ele desce de rapel em salvamentos, entra na água, carrega a arma, entra outras atividades. A função é exercida por soldados, cabos e sargentos. 


O mecânico faz o curso na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá. A seleção fica por conta do grupamento Águia. A formação completa do policial para esta função demora tanto quanto a de piloto: quatro anos. Enquanto o mecânico não está legalmente habilitado, não mexe na aeronave. Isso é bem diferente de mecânico de automóveis, que trabalha  contando com sua experiência prática, na maioria das vezes. 
Os policiais do Água trabalham nos céus da segunda metrópole com a maior frota de helicópteros do mundo. O grupamento atende diariamente ás ocorrências mais diversas, tanto sobre casos policiais, quanto de salvamento e resgate. 


De 2009 a 2010 a PMSP investiu cerca de US$ 15 milhões no grupamento aéreo, com investimentos destinados ás regiões de Presidente Prudente, Sorocaba, Piracicaba e S.J. do Rio Preto. Além deste lote, a PM da capital paulista recebeu outro helicóptero Águia, em 2010, com recursos da Prefeitura de São Paulo. Nesse mesmo ano chegou a 27 helicópteros a disposição da população paulista. 


Curiosidades
Os novos helicópteros têm capacidade para seis pessoas e são equipados com rádios digitalizados, que permitem a comunicação sem o risco de interceptação. Possuem Moving Map, um pequeno computador de bordo, que fornece mapas e cartas de rota; farol de busca para localização de pessoas durante a noite; guincho para resgate de pessoas e objetos; equipamentos médicos de resgate; maca para remoção; equipamentos de ressuscitação, aparelhos para oxigênio e algumas cordas e ganchos, próprios para resgate; esqui de pouso com degrau estendido; plataforma com degrau para embarque e desembarque de tripulantes com maior segurança; GPS Garmim, indicador de coordenadas de alta definição, que possui interface de melhor qualidade e de fácil acesso. 


Missões Atendidas

Resgate aeromédico – Suportes avançados de vida, transportando médicos, enfermeiros, equipamentos e materiais necessários até o local da ocorrência, no menor tempo possível, para o atendimento pré-hospitalar.
Remoção aeromédica – Transferência de paciente de um hospital a outro.
Transporte de órgãos – Serviço relevante, prestado pelo Grupamento Aéreo com a utilização dos aviões ou helicópteros da frota da PM.
Policiamento Ostensivo – Um estudo realizado na cidade de Los Angeles (EUA), na década de 60, concluiu que um helicóptero na missão preventiva equivale a 15 viaturas policiais. Uma única aeronave pode dar suporte para até 37 viaturas.
Policiamento de Choque – É usado nas ações de controle de distúrbios civis (passeatas, rebeliões em presídios, protestos, reintegrações de posse e outras). Além de servir como plataforma de observação, o helicóptero ajuda a manter o controle sobre extensas áreas, recebendo e transmitindo informações, proporcionando aos comandantes envolvidos melhor embasamento para suas decisões. As aeronaves ainda são empregadas no transporte de equipes especializadas, como o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate); e o Comando e Operações Especiais (COE), entre outras.
Policiamento de Trânsito – Atua como plataforma de observação. Por não ter limitações quanto a seu deslocamento, respeitando-se as condições meteorológicas e operacionais, o helicóptero trabalha conjuntamente com o Policiamento de Trânsito e com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Realiza voos sobre a região metropolitana de São Paulo, observando o fluxo de veículos e detectando pontos de congestionamento e suas causas, para orientar as equipes em terra.
Policiamento Ambiental – Os voos com as aeronaves permitem que as equipes de fiscalização tenham acesso, pelo ar, a pontos que dificilmente seriam detectados por vias terrestres. Essa ação dinamiza o trabalho das equipes de terra para a autuação dos infratores. Para tal missão também são empregados os aviões do Grupamento Aéreo.
Combate a incêndios – Em incêndios de grandes proporções, os helicópteros têm múltiplas aplicações: avaliação global da situação para permitir um bom planejamento do combate; resgate de vítimas ou equipes técnicas cercadas pelo fogo; transporte de material; e lançamento de água sobre os focos de fogo.
Defesa Civil – Nos últimos anos, em grandes desastres ocorridos em São Paulo e até em outros estados, como em Santa Catarina, os helicópteros mostraram versatilidade socorrendo vítimas, prestando ajuda à população flagelada, resgatando pessoas isoladas, transportando alimentos, remédios, equipes médicas e até mesmo sangue humano para cirurgias emergenciais.


Aqui, um vídeo de resgate de um homem que havia caído em um penhasco. 

E eles não descansam. Todos os dias, noites, madrugadas. Se forem solicitados, lá estão os rotores girando, combatendo o crime e levando alívio, socorro, salvando vidas. 
Heróis anônimos, não conhecemos seus rostos, não sabemos seus nomes, mas temos consciência de que eles estão lá, prontos a servir, a estender uma forte mão, a quem estiver precisando. 

Um beijo aos meus leitores e desculpem-me pela ausência. Prometo estar mais presente em 2013. 

Até mais!