sexta-feira, 23 de março de 2012

A acessibilidade em aeroportos e aeronaves



Comecei a pensar em todos os transtornos e prazeres que temos em viajar. A viagem em si, o planejamento dela, e sua concretização, é sempre muito bom. Mas os horários, filas, atrasos nos vôos, enfim.. isso tudo é um transtorno e tanto. Então pensei mais, e fui além. Imagina o quanto esse transtorno deve ser maior ainda, pra quem necessita de atendimento especializado. Como deve ser difícil, por exemplo, um cadeirante, enfrentar a maratona dos aeroportos e aviões. Comecei a ler sobre o assunto, a pesquisar. Não foi fácil. Isso ainda não é muito discutido. Enfim, fiz um apanhado de tudo o que pude extrair de minhas leituras e montei essa postagem.

A aeronave é equipada com um cadeira de rodas especial chamada de Aisle Wheelchair,  projetada para passar nos corredores apertados entre os assentos. Esta Aisle Wheelchair é mantida desmontada em um compartimento separado para o uso durante os voos longos, pois o cadeirante vai precisar para o caso de necessitar ir ao lavatório. Após o embarque, funcionários movem o cadeirante da Aisle Wheelchair para o assento da aeronave. Não tenho conhecimento se todas as aeronaves posuem a Aisle Whellchair, mas deveria ser obrigatório. Bom, essa é a minha opinião.
Aisle Whellchair, menor para percorrer entre os assentos da aeronave
Falando em lavatório (banheiro) as portas são sanfonadas para economizar espaço, porém, em aeronaves que realizam viagens longas, existem lavatórios especiais para cadeirantes, com portas normais, que abrem para fora, para facilitar o acesso, e são maiores para comportar o cadeirante e a cadeira.
Estando ainda no aeroporto, existem três maneiras do cadeirante embarcar:
Fingers acoplados em três portas da aeronave


Através de pontes, denominadas 'fingers',  o cadeirante pode se locomover por meios próprios (ou com auxilio de funcionários) até a porta da aeronave quando então é transferido para a Aisle Wheelchair. (Fingers, que nome exótico para definir ponte. Fingers, são dedos) :O
Ambulift da Azores
Quando o aeroporto não possui fingers pode-se usar dois métodos para embarcar o passageiro: Um 'ambulift', que é um veículo acessível com elevador que se acopla à porta da aeronave e permite a transferência do passageiro.

Ambulift da Azul Linhas Aéreas Brasileiras

Caso o aeroporto não possua o ambulift, o cadeirante pode ser levado pelas escadas com o auxílio de funcionários mas isto NÃO É RECOMENDADO, pois uma queda de um auxiliar pode por em risco o cadeirante, ou então com o auxilio de uma ferramenta que é chamada de cadeira de propulsão elétrica.


E para finalizar tenho a dizer que mais do que cumprir leis de acessibilidade, todo administrador deveria colocar o bom senso em prática. Construir rampas, acessos e facilidades para as pessoas que necessitam de atenção especial, não somente porque a lei determina que seja feito. Isso é questão de bom senso, de comportar-se como ser humano, e colocar-se no lugar do outro, ás vezes. Respeitar o direito de ir e vir de todas as pessoas, e usar dos meios disponíves para que isso seja realizado. Vivemos em um tempo em que as diferenças não estão mais em quem está em pé, ou sentado em uma cadeira de rodas, mas sim em quem acredita ou não que a vida pode ser melhor, a cada dia, independente dos meios que você tenha, de continuar seguindo seu caminho.

Um beijo no coração de cada leitor. Até a proxima! *_*

Nenhum comentário:

Postar um comentário