sábado, 12 de janeiro de 2013

Aves e Aviões. Isso não combina!


Aproveitando a postagem anterior, onde falava sobre a inundação em Xerém, convém lembrar que alagamentos em geral têm vários fatores desencadeadores, entre eles o acúmulo de lixo. Além dos danos à saúde e ao meio ambiente e do incômodo causado aos moradores, os focos de lixo nas ruas trazem um risco a mais, quando localizados nas proximidades de aeroportos: por atraírem urubus e gaviões, pois colocam em risco a segurança dos voos.

O major aviador Francisco José Azevedo de Morais, chefe da Seção de Gerenciamento do Risco Aviário do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), lembra que no Brasil nunca houve casos de acidentes graves envolvendo aves, mas alerta que não se pode descartar o risco, pois ele existe.

Ele está relacionado, principalmente, a choques frontais com as aves, que podem representar um impacto de até 40 toneladas. Esse tipo de colisão pode causar paralisia dos motores e danificações no para-brisa ou no trem de pouso.
Cerca de 90% das colisões acontecem no momento de aproximação para o pouso. Como a causa está relacionada a focos onde há acúmulo de lixo, a Cenipa está avaliando soluções para esse tipo de problema junto aos municípios.


No segundo semestre do ano passado foi publicada uma lei para reduzir risco em colisão de aves em aviões. O texto estabelece uma Área de Segurança Aeroportuária com raio de 20 quilômetros a partir da maior pista de decolagem. 



Em Brasília, a Lei publicada no Diário Oficial da União em 17 de outubro de 2012 estabelece regras para reduzir o risco de acidentes entre aves e aeronaves. A lei proíbe atividades que atraiam os animais para as proximidades de áres destinadas a pouso e decolagem e prevê multa que pode chegar a R$ 1,2 milhão para quem descumprir as regras. 


O texto estabelece uma Área de Segurança Aeroportuária com raio de 20 quilômetros a partir da maior pista de decolagem. Nesse limite, o uso do solo fica condicionado ao cumprimento das normas de segurança operacional de aviação e ambientais. A lei proíbe ainda atividades atrativas de pássaros nas proximidades dos aeroportos, como os lixões.
Para os casos de descumprimento das regras, estão previstas penalidades como multa, suspensão da atividade e interdição da área. No caso de multa, a simples varia entre R$ 1 mil e R$ 1,2 milhão e a diária vai de, no mínimo, R$ 250 a R$ 12,5 mil. O dinheiro arrecadado com as multas será usado em ações para reduzir o risco de acidentes.
O abate de animais que coloquem em risco a segurança aérea será permitido nos casos em que for comprovado que as ações de manejo ecológico não tenham gerado o resultado esperado para evitar acidentes.

A Lei 12.725, de 16 de outubro de 2012, prevê ainda a observância do Plano de Manejo da Fauna em Aeródromos, que detalha as intervenções necessárias no meio ambiente ou diretamente nas populações de espécies da fauna para reduzir o risco de colisões com aeronaves e do Programa Nacional de Gerenciamento do Risco da Fauna, que estabelece objetivos e metas para aprimorar a segurança operacional.

Graças á experiência e agilidade de nossos pilotos não se tem notícia de um acidente de grandes proporções envolvendo aves e aeronaves, mas todo cuidado é necessário, pois o risco de acontecer, é muito grande. Vamos torcendo pra que mesmo os pequenos incidentes, não aconteçam com frequência e que as leis criadas para tal, sejam respeitadas. 



            Veja aqui algumas imagens de aeronaves que se chocaram com aves durante o voo. 


Aqui, uma comparação no mínimo divertida, montada pelo Discovery.

E aqui, um caso onde não se conseguiu evitar um dano real á aeronave e aos passageiros. 

É isso aí, gente. Antes de voar, além de optar pela melhor companhia aérea, um assento com potencial de risco moderado e todos os outros blá blá blás que já conhecemos, precisamos torcer para que uma ave não cruze a nossa rota.  

Bom, espero que tenham gostado da postagem de hoje. Um beijo e tenham um excelente final de semana! Até mais! ;)

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